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Retrospectiva 2016

  • Foto do escritor: Mariana Siqueira
    Mariana Siqueira
  • 17 de jan. de 2017
  • 10 min de leitura


Foi um "vai, toca, vamo la!" Então tá, começando no inicio.

Em Janeiro nós tivemos o South Meeting, que eu fiquei muito feliz em organizar e particpar de novo. Algumas coisas não foram como eu queria, mas era o que dava na hora. INCLUSIVE, fui meio cavala na história antes do after, então sorry!

O evento foi ótimo e eu me senti maravilhosa de sweet, naquele ponto eu tava certa que usaria muito sweet esse ano (silly me).

Pouco tempo depois, algumas semanas na verdade, eu decidi que era hora de me tornar vegana. Eu vi um video de poucos minutos que mostrava a realidade por trás da produção de leite e lactinios, e notei que realmente, só sendo vegetariana eu não tava ajudando o mundo como eu sempre quis ajudar, e tava na hora de dar level up.

Eu lembro certinho da noite que vi esse video, eu tava deitada na minha cama, vi por acidente, e não conseguia parar de chorar por horas. No dia seguinte eu ja tava veganinha e evitando tudo.

Eu sempre gostei de cozinhar, morava com os meus pais, numa capital com tudo, então não foi uma transição dificil. Eu ja tava numa fase bem naturalista, então eu acabei aproveitando bastante e foi uma transição leve!

O inicio do meu 2016 foi muito gostoso! Eu me aproximei da Naki e da Anne, tbm da Isa e da Renata, e a gnt aproveitou bastante as férias. Eu acho que eu guardo com tanto carinho pq foi oficialmente, minhas últimas ferias antes de me mudar. Eu não sabia, mas eu fiz tanta coisa, nem parecia eu, pq geralmente fico em casa. HAHAHAHA La por janeiro-fevereiro, eu tbm terminei a tatuagem da minha coxa com a Naki, e fiz outras 2 HAHAAH

Além disso, teve a formatura da Gika! A gnt foi pra Blumenau, e foi bem divertido mesmo hahahaah a gnt bebeu com os pais dela, eu usei um vestido mal feito numa formatura de MODA mas foi bem massa. Até tive a coragem de usar lolita em BLUMENAU, no VERÃO!

Depois disso, tiveram outros roles e eu acabei saindo e fazendo muita coisa! Até que é março, minha mãe me chama pra conversar na área da piscina la em casa e fala "filha, a sua prima vai fazer medicina ali no Paraguay, o que vc acha? Se vc quiser ir, teu pai ta disposto".... e meu mundo caiu. Minha primeira reação foi NÃAAAAAAAO TA LOKA!

Mas, ai eu pensei um pouco, no dia eu ia sair com o ex, e fui pensando no caminho de onibus até o terminal onde iamos nos encontrar. Eu não tava achando emprego como t.o, eu não ia conseguir sem indicação ou especialização, dias antes eu parei fazer contas e pra concluir todos meus osnhos eu ia precisar ganhar muito dinheiro, e só to falando de talvez migrar do país. As ofertas de emrego estavam MUITO ruins e mesmo que eu me mudasse pra trabalhar, os salarios não eram bons o suficiente pra eu me sustentar como terapeuta. Eu tava bem decepcionada com as minhas possibilidades futuras e finalmente, FINALMENTE, apareceu uma oportunidade! Em 2011, no fim, eu tava decidida a sair da T.O e ir pra medicina, mas eu não gosto de começar algo e não terminar, além do que ja tinha me apaixonado pela profissão, feito muitas amizades e não tive coragem. Então, bom, era um sonho adormecido em mim a muitos anos. Na realidade, eu achei que nunca teria a capacidade pra ser médica e que essa carreira não era pra mim.

Ai, eu percebi: tava na hora de ir.

Ae começou tudo ne. Vim pra Foz, tudo dava errado, não conseguir ir na UPE me matricular, parecia que tinha alguma puxando me pé o tempo todo. até que deu e eu pensei 'bom, its not a drill".

Voltando pra Curitiba eu comecei a arrumar mala, fazer infinitos roles com meus amigos, chorar todo dia toda hora, era um misto de muita animação e muita tristeza. Eu sou apegada demais aos meus amigos, até aquele ponto sair de Curitiba não era uma possibilidade. Então eu sofri msmo!

Ironicamente, eu tava em Curitiba, arrumando as malas e tudo mais, e eu não tinha ainda onde morar 8D o contrato ta no meu nome, foi eu e minha mudança aqui pra Foz pra assinar o contrato do meu ap, 5 dias antes do inicio das aulas.

Foi dificil, mas eu tava muito feliz, eu conseguia ver que era uma oportunidade única na minha vida e que deveria sair da minha zona de conforto.

ai, aconteceu: eu tinha apartamento, as coisas tavam ajeitadas, eu matriculada, com transporte, e minhas aulas começavam dali dois dias. 8D Assim que as aulas começaram, eu ate que fiz amizades rapido, mas mais rapido ainda eu comecei a criar inimizades. É muito foda quando vc vive na sua bolha, com amizades com as mesmas crenças morais, vivendo num meio de pessoas descontruidas que não vão te julgar porque teu cabelo ta sujo, nem vão se calar quando veem situações opressoras. Acontece que meu novo meio não era esse, e quanto mais eu brigava por atitudes machistas, oferecia ajuda sem maldade, mais as pessoas do meu convivio me viam como alguem arrogante e chata.

Eu tinha feito amigos, mas fora do meu grupo, eu comecei a ter cada vez mais resistencia pra interagir. Até chega no ponto de eu nao me sentir confortável entrando na sala sozinha, das pessoas assumirem que faziam bullying comigo (Sem a menor vergonha ou remorço). Toda situação se agravou quando inventaram uma hsitoria, a sala inteira mordeu, e eu sai como a filha da puta da história. Nisso o ano ja tava correndo, ja era junho, eu pra ajudar, me afastei de certas amizades que só fizeram piorar a opinião das pessoas sobre mim. Não importava se eu dava aula de graça pra ajudar as pessoas a ir bem nas provas, explicava materia pra sala toda pelo wpp, não importava. Ao meu ver, as pessoas me pintaram um monstro que era mais fácil -e divertido- me tratar mal e não fazer questão de disfarçar que se quer, TENTAR me ouvir.

Dali pra frente tudo piorou bastante. Eu brigava constantemente no meu antigo relacionamento, ao ponto de eu não conseguir estudar ou me dedicar e assim minhas medias que eram muito boas, foram pra média (o que pra mim é ruim). Eu tava com dificuldade de interagir fora do meu grupo, tudo que acontecia na minha sala a culpa era minha, e além de tudo isso, eu tinha que me acostumar a morar sozinha, cuidar das minhas coisas sozinha. Eu tava basicamente segurando o vazio existencial e tentando não surtar UIHASDIUHAIUSDHAUIDH

Claro que eu tinha amigos ali na faculdade, mas é muito dificil ser rejeitada por um grpo de mais de 50 pessoas e ter 5 que te apoiam e querem teu bem.

Felizmente na mesma época eu conheci a Mari, que além de ser uma pessoa hilária, ela não era da minha faculdade, não era da minha cidade, então quando a gnt saia, eu me desligava totalmente do mundo e acabava ficando bem.

Um pouco antes da Mari entrar na minha vida, eu tomei uma das mlhores decisões que foi adotar a Zucca. Foi muto loko! No mesmo dia que eu vi ela, eu mandei msg, e em menos de 5 hrs eu tava com a gatinha em casa. Ela era MUITO nenem, mas desde o inicio carinhosa e fazia eu me sentir bem, apesar dos pesares.

Eu consegui sustntar bem essa fase ruim com a ajuda dos meus amigos da minha sala, com meus amigos da outra sala (dudinha, preta) a zuzu e a mari. Então, acabou queu eu conseguir lidar até chegarem as férias.

Nas férias, eu fui pra Curitiba por 2 semaninhas e levei a Zuzu, tbm foi quando eu terminei meu relacionamento anterior. Tava na hora de aceitar que não tava dando, ambos precisavam de mais dedicação do utro lado e simplesmente não deu mais certo. Foi triste, mas eu tava bem com a minha decisão.

A Zucca castrou la, então não sai muito, mas pude aproveitar meus amigos e foi nice.

Voltando pra Foz, voltaram as aulas, voltou o climão. Algumas coisas melhoraram em relação e mim e a minha sala e outras pioraram por colaboração de gente cu que nem vale a pena citar.

Eu voltei pro ritmo de muito estudo, mas dessa vez minha mae tava morando comigo por causa do trabalho dela. Isso me aliviou um pouco e eu pude recuperar a media e voltar pra media 80. Eu tava bem decidida a tentar entrar em outra faculdade, essa no Brasil. Eu adoro a UPE e recomendo pra todo mundo, mas eu comecei a perceber que o convivio não tava me fazendo bem e achei que seria melhorp pra minha saúde mental tentar sair.

Nesse meio tempo, chegou a prova de que eu precisava mesmo. Foi no meu aniversário, que eu combinei uma saida com os amgios que fiz na faculdade...e... Oh well.. Ninguem foi. Eu fiquei muito mal. Poucas pessoas se explicaram, a maioria só nem foi e tudo bem. Depois de MUITO insisitir a Mari conseguiu me tirar da cama e acabou que no dia que era pra ser mais importante do meu ano, ficou eu, minha mãe, e a Mari comendo hamburguers em casa.

Isso só piorou o estado de isolamento que eu tava, e só reforçou que eu podia contar com poucas pessoas.

Ok, dali pra frente deu uma boa desandada, porque antes eu não entendia exatamente o quão talvez as pessoas não gostavam de mim, e ali eu percebi que acho ue ne, não era muito bem vinda. Entao, me dediquei ao maximo em tentar sair da faculdade e ir pra uma nova. Meus amigos e pessoas proximas de mim me apoiavam muito nisso então eu tava bem determinada.

Em contrapartida, eu precisava colocar minha cabeça em outro lugar, então comecei a fazer planos: uma nova tatuagem, que me deu o empurraozinho pra começar a vender minhas coisas de lolita, e assim, voltar a interagir nesse meio.

Ai, eu notei que eu era bem vinda em algum lugar, e esse lugar é a internet, junto com meus amigos e pessoas que estão longe de mim. Ai eu comecei a vender tudo, planejar compras, e isso me manteve bem distraida e bem por um tempo.

Tudo bem, chegava o momento de eu tentar aquela outra faculdade. Até que... Minha inscrição foi negada. Nem a prova eu poderia fazer. E teria que ficar la, convivendo com gente que me trata mal....MAIS... UM ANO. Nesse momento foi o mais pesado do meu ano, eu entrei num processo de crises de ansiedade, ataque de panico e episódios depressivos durante mais de duas semanas. Eu no maximo, tinha algumas horas de calmaria, mas logo depois eu tinha outra crise e tava la, hiperventilando, chorando e querendo muito sumir.

Teve uma noite que eu tive muita vontade de sair correndo do meu predio e ir pra onde fosse, o problema foi que eu cheguei a trocar de roupa e quase sai as 3 da manhã pela cidade sem rumo. No dia seguinte eu percebi que tava na hora de pedir ajuda, e tomei coragem pra falar com a minha mãe sobre. Ela então começou a me ajudar mais, me lembrar de tomar banho, comprar coisinha gostosa pra eu comer e nisso eu dei uma estabilizada. Eu ainda me sentia uma merda. Eu ainda queria chorar o tempo todo. Eu ainda não podia tomar café nem terere sem ter uma crisa, mas tava melhor que antes. Nessas semanas eu fui me aproximando do meeting de fim de ano em Maringá, pelas crises eu cheguei a considerar não ir, mas a Mari ficou no meu pe tipo 'VC VAI SIIM' e eu fui.

Foi a melhor coisa que eu fiz. Eu tenho certeza que elas não tem noção de como me fizeram bem só por me receberem em um fim de semana. Me fez muito bem MESMO estar de novo no meio de pessoas que gostam de mim, gostam de coisas que eu também gosto, compartilhar opiniões e fazer amizades sem dificuldade ou medo de ser reprimida. Esse meet rolou em dezembro, bem no periodo que eu tava: com venda parada, precisando de dinheiro, precisando estudar, com provas pra fazer. E foi o que me deu uma calminha pra continuar estudando e tentando.

Dezembro foi um mes muito dificil e eu passei uma parte dele sofrendo e outra de ressaca do sofrimento. Eu fui pra Curitiba, passei o Natal la, e fiz a tatto que eu guardei dinheiro laaa em outubro

Essas tatuagem representa muita coisa. Eu me identifico com o Frankenstein, tanto com o criador quanto com o monstro. Ela representa principalmente tudo que eu passei na minha vida que me tornou uma mulher mais forte. Eu sei que pode ser pouco pra muita gente, eu tenho certeza que muitas pessoas tem dificuldades maiores (e ouvir o 'mas vc é tão sortuda!" só fazia eu me sentir pior, não nego), mas em um ano eu sinto que cresci tanto, passei por tanta coisa, que me da orgulho de verdade por ter sobrevivido a tantas crises de ansiedade e passado por esse ano sem ter pensado, nem uma vezinha, em desistir do meu futuro, em voltar pra casa dos meus pais. Nada do que houve em um ano me deu a menor vontade de sair daqui, pelo contrário, mais do que nunca eu sei que to na carreira certa, eu sei que é isso que eu tenho que fazer e eu sei que vai ser muito dificil, que eu vou crescer e evoluir na marra. Hoje eu to muito mais susse com as pessoas da minha sala, consigo ver que é uma minoria que me tratava mal, e que eu não tenho que abaixar a cabeça por pessoas assim, porque na real elas não querem meu bem nem nada de mim. Eu conheci pessoas lindas aqui, eu tenho pessoas lindas em Curitiba que vão me apoiar, eu tenho pessoas lindas no meio lolita que sempre tão ali me fazendo bem. Eu to com muito orgulho de ter terminado meu ano inteira, sentir que eu cresci e conseguindo reconhecer que eu só to longe fisicamente, que eu posso ter meus amigos perto de mim rapidinho. Hoje eu sei em quem eu posso me apoiar, em quem eu posso confiar. São as mesmas pessoas de sempre e a distancia não vai afastar elas de mim.

Eu to de volta nas coisas que me fazem bem, como lolita, voltei a fazer atividade fisica e a focar em mim. Minha postura com as pessoas já mudou e hoje eu posso dizer que eu to bem. em 2016, eu mais que em todos anos, preciso agradecer aos meus amigos, minha familia, a Mari e ao poder especial que Lolita me da desde 2011, de fazer eu me sentir inteira, feliz, bonita e satisfeita não importa a onde eu esteja.

See you latter, aligator~

 
 
 

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